Livraria 18 de Abril

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O que nos falta

   

Stan Belin, desde pequeno, sonhou muito alto. Certa vez, debruçando-se na amurada de uma ponte, ficou olhando um maravilhoso iate que passava embaixo.

Pôde ver as pessoas ricamente trajadas, sorrindo, felizes. Era um cenário de luxo e conforto e, naquele momento, ele decidiu que batalharia para ter sucesso na vida.

Os seus alvos passaram a ser dinheiro, poder e prestígio. Aluno exemplar, formou-se em Odontologia. Casou-se com uma moça que conhecia desde os tempos de escola.

O dinheiro começou a surgir em abundância. Sua reputação espalhou-se. Ele conseguiu prestígio com a nomeação para um alto cargo, pelas autoridades do Estado onde vivia.

Teve dois filhos saudáveis. Conseguiu uma casa magnífica, automóveis luxuosos. Desfrutava férias em lugares exóticos.

Finalmente, comprou um lindo iate e navegou até a ponte, onde em criança começara seu sonho.

Era o ponto culminante. No entanto, Stan se sentia imensamente triste e desesperado.

Conquistara tudo que idealizara. Era invejado, mas sentia-se perdido, vazio, insatisfeito.

Logo chegou a depressão.

Ele se sentia desalentado, infeliz.

Almejava comprar confiança e tranqüilidade, mas elas não estavam à disposição no mercado de capitais.

A pouco e pouco, foi abandonando a profissão. Já não era a pessoa conversadora nem bom dentista.

Enveredou pelo caminho das drogas e se deixou envolver.

As drogas lhe davam uma euforia que era sempre mais fugidia. Durava breves segundos e logo ele voltava a cair nos profundos abismos da depressão.

Perdeu a casa, o iate, o respeito por si mesmo.

Levantava-se a cada dia, contemplava a face da manhã e se perguntava:

Por que estou tão vazio por dentro? O que me falta? Pois não conquistei tudo que almejei: família, dinheiro, prestígio, poder? O que me falta?

* * *

À semelhança de Stan, muitos seguimos pelas veredas humanas sem objetivos verdadeiros.

Idealizamos metas fictícias e as perseguimos para descobrir, ao conquistá-las, que elas não nos preenchem as necessidades íntimas.

Tudo porque, em verdade, temos sede de Deus.

Deus, o amigo perfeito, sempre disposto a nos ouvir as queixas e a nos apresentar soluções.

Deus que, silencioso, fala em todas as expressões da natureza.

Sempre indulgente, e refúgio seguro, tranqüilizando-nos. Sempre se encontra suficientemente perto para tomar conhecimento das nossas necessidades, providenciando o apoio de que carecemos.

Ninguém que Dele não necessite. Ele preenche todos os vazios e estabelece roteiros seguros para as nossas vidas.

Com Deus no coração e na mente agiremos com decisão feliz e desempenharemos as nossas tarefas com dinamismo elevado.

* * *

Deus sempre nos abençoa, quer O busquemos ou não.

Mas se, através do pensamento, sintonizarmos com Suas dádivas, melhor assimilaremos a irradiação do Seu amor, aquecendo-nos as almas.

Deus provê todas as nossas necessidades, mas não as assume, para não anular o nosso esforço e valor, o que então nos candidataria à inutilidade.

Redação do Momento Espírita com base no artigo Eles desafiaram a cocaína ... E perderam, de autoria de Henry Hurt, publicado em Seleções Reader´s Digest, de setembro de 1988 e no cap. 3 do livro Filho de Deus, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.