Livraria 18 de Abril

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Seguir o Cristo

   

Em todos os recantos onde Jesus deixou o sinal de sua passagem, houve sempre grande movimentação no que se refere ao ato de levantar e seguir.

André e Tiago deixaram as redes para acompanhar o Mestre.

Os paralíticos que retomaram a saúde se reergueram e andaram.

Lázaro atendeu ao chamamento do Cristo e levantou-se do sepulcro.

Entre dolorosas peregrinações e profundos esforços de vontade, Paulo de tarso procurou seguir o Jesus, entre açoites e sofrimentos, depois de se haver levantado, às portas de damasco.

Numerosos discípulos do evangelho, nos tempos apostólicos, adotaram atitude semelhante.

Eles acordaram da noite de ilusões terrestres e demandaram os testemunhos santificados no trabalho e no sacrifício.

Isso constitui um acervo de lições muito claras a quem quer que se afirme cristão.

A maioria adota, em quase todos os seus trabalhos, a lei do menor esforço.

Muitos esperam a paz ofertada pelo Cristo no conforto de poltronas acolhedoras.

Outros fazem preces por intermédio de discos ou CD’s.

Há quem deseje comprar a tranqüilidade celeste mediante generosas esmolas.

Alguns cristãos aguardam intervenções miraculosas e sobrenaturais para melhorar sua vida, sem qualquer esforço próprio.

Contudo, é importante que cada qual se indague se está efetivamente seguindo o Cristo, ou se apenas adota fórmulas de culto exterior, carentes de significado.

Seguir o Mestre divino implica levantar-se e renovar-se.

Não há como trilhar o caminho da verdadeira vida sem imitar os luminosos exemplos de Jesus.

Como é impossível alçar altos vôos com os pés chumbados ao solo, torna-se imperiosa a libertação dos vícios incompatíveis com a condição de fiel discípulo do Cristo.

Cada criatura, mediante sincera e humilde auto-análise, poderá identificar o que a prende à terra e a impede de levantar-se.

Afinal, sem noção clara da tarefa a ser empreendida, não há como realizá-la a contento.

Para alguns, a frente de batalha situa-se na necessidade de domar a sexualidade em desvario.

Outros destroem seu corpo com a gula.

Muitos amam o ócio, gastando seu tempo com mil passatempos que a nada conduzem, ao invés de trabalharem para o progresso pessoal e coletivo.

A maledicência é o calcanhar de Aquiles de numeroso contingente de pessoas.

Do mesmo modo ocorre com a ganância, a desonestidade, o egoísmo, o orgulho e a vaidade, dentre outros tantos vícios que infelicitam a humanidade.

Identificados os obstáculos à própria evolução, não resta alternativa senão a labuta diária e persistente para erradicá-los.

Cada um é herdeiro de si mesmo e as dificuldades atuais refletem opções equivocadas do passado.

Quem já se dispôs a seguir o Cristo há longa data, por certo hoje se encontra pleno de paz e harmonia.

Mas a maior parte da humanidade, lenta em assumir as responsabilidades e as rédeas do próprio processo evolutivo, permanece desequilibrada, entre reclamações e infantilidades.

Entretanto, ninguém fará nosso trabalho.

Se queremos a paz que o Cristo ofereceu, devemos imitar-lhe os exemplos e romper, de forma vigorosa e determinada, com os hábitos do homem velho que ainda vive em nós.

O amoroso chamado do Mestre ecoa em nossas consciências há milênios, convidando-nos à verdadeira vida.

Compete-nos a decisão de levantar e segui-lo, mediante profunda e definitiva transformação de nosso ser.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no capítulo I do livro Segue-me!..., do Espírito Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier.