Previsões
Recentemente lemos uma pequena nota em jornal de grande circulação, trazendo a notícia de que um rapaz, forte e saudável, após vender todos os seus bens, esperava a morte, sentado diante da televisão. O fato chamou-nos a atenção porque a nota esclarecia que o jovem assim procedia porque uma vidente, procurada por familiares seus, previra a sua morte próxima.
Casos como esse são mais comuns do que possamos imaginar.
Pessoas crédulas, sem uma fé racional, facilmente se deixam cair nas malhas de médiuns charlatões ou de espíritos zombeteiros.
Conforme o dito popular, quem procura, acha.
E muitas vezes acha o que não gostaria de achar.
Se as pessoas confiassem mais em Deus, que cuida do Universo por Ele criado com tanta eficiência, saberiam que ninguém está desamparado e não sairiam afoitos em busca de cartomantes, quiromantes ou outros ledores de sorte ou azar.
A questão de se pretender que os espíritos resolvam os problemas que nos dizem respeito é muito antiga.
Desde os tempos de Moisés já existia esse abuso, a tal ponto que ele teve que proibir que se consultassem os espíritos por motivos tolos.
Sabemos que a comunicação é uma realidade, porque senão Moisés não a teria proibido. Sabemos também que só proibiu o abuso, pois ele próprio elegeu alguns médiuns sérios, chamados anciãos, para profetizarem.
Assim, se o Criador nos colocou sobre a face da Terra, há de ter um programa estabelecido para que conquistemos a nossa felicidade plena.
E se não podemos penetrar o futuro é porque não nos convêm. Ademais, o futuro é construído a cada minuto presente, e por isso mesmo ainda o estamos construindo.
Antes de ficarmos consultando médiuns ou videntes sobre o que irá acontecer conosco, ocupemo-nos construindo o futuro, é de nós que ele depende.
E quando a morte chegar, pois isso é inevitável, que ela nos encontre com as mãos no trabalho, confiantes na continuidade da vida no além-túmulo.
E se a vontade de prever o futuro for muito grande, paremos um pouco e nós mesmos faremos as previsões a partir do presente.
Se Jesus afirmou que a cada um será dado segundo suas obras, pelas obras do presente saberemos prever com precisão o que nos aguarda no futuro, próximo ou remoto.
Se a semeadura é livre e a colheita obrigatória, pelas sementes que estamos lançando hoje, podemos prever, sem medo de errar, os frutos que nos aguardam amanhã.
Você sabia que espíritos zombeteiros ou malfeitores aproveitam-se dos médiuns para apavorar as pessoas que os buscam para obter informações do futuro?
Dizendo, por exemplo, que a sua morte está próxima, criam um expectativa doentia que faz com que a pessoa caia em depressão profunda ou se deixe morrer antes do tempo.
Sabendo disso, façamos o melhor que pudermos e entreguemos o futuro a Deus, Pai amoroso e justo, que sabe o que é melhor para cada um de nós.
Redação do Momento Espírita