Livraria 18 de Abril

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Jardim em perigo

   

Quando você planta uma mudinha de flor, qual é a sua primeira preocupação?

Um bom jardineiro dirá que a primeira providência deve ser tomada antes do plantio, no preparo do terreno, escolha do tempo certo, etc.

Mas a nossa pergunta é para você, pessoa comum, que não tem habilidades de jardinagem.

Talvez, mesmo sem ser um profissional da área, você conheça algumas providências básicas para que a mudinha cresça e dê flores.

Uma delas é plantar em terra fértil. Outra é cuidar para que o sol não a queime, a água não a apodreça, as pragas não a comam, as ervas-daninhas não a sufoquem.

Certamente você não colocaria sobre a sua plantinha, algum veneno que pudesse matá-la, não é mesmo?

Pois bem, fazendo uma comparação com a mudinha de flor e uma criança, podemos seguir o mesmo raciocínio.

Se uma planta merece nosso cuidado, um filho merece muito mais.

Mas, infelizmente, alguns pais, que não derramariam na planta produto que a destruísse, permitem que seu filho faça uso de um veneno que está cada vez mais popular entre crianças e adolescentes: o álcool.

Alguns pais permitem, outros incentivam.

Se você visse alguém derramando alguma substância nociva sobre a frágil plantinha, certamente diria: "isso é loucura!"

No entanto, você vê um pai ou uma mãe dando bebida alcoólica à criança, e considera isso um fato normal.

Estranho paradoxo, esse!

Hoje os problemas decorrentes do uso de bebidas alcoólicas têm preocupado governantes e muitos têm envidado esforços para conter essa epidemia.

Afinal, esse é um problema que ameaça os valores econômicos, políticos e culturais da sociedade.

Acarretam gastos com tratamento médico, internação hospitalar; provocam o aumento dos índices de acidentes de trabalho, de trânsito, de violência urbana, mortes prematuras, entre outros.

É realmente uma catástrofe de grandes proporções, pois os prejuízos não ficam somente no campo da economia.

Os danos morais e espirituais são ainda maiores.

As perturbações da personalidade do usuário, as lesões afetivas causadas nos familiares, os afetos destruídos, as esperanças despedaçadas, os sonhos ceifados, a infelicidade...

E assim, esse imenso jardim que poderia ostentar flores belas e perfumadas, apresenta flores amareladas, sem perfume, sem viço, sem esperança, de breve aparição no solo terreno...

Os perigos advindos dessa substância nociva chamada álcool, espreitam em cada esquina...

Os malefícios desse veneno vão destruindo a criatura lentamente, qual parasita que lhe rouba as forças e lhe impõe cada vez mais necessidade de uso...

A ação devastadora dessa praga cruel é lenta, mas decisiva...

Você, que consegue perceber a gravidade do assunto, pense com carinho a respeito disso.

Passe a observar quanto descuido paira sobre a infância desprotegida...

Perceba quanta indiferença pesa sobre a juventude desorientada...

E você, jardineira ou jardineiro a quem Deus enviou essas almas para fazê-las florir e dar bons frutos, certamente responderá, um dia, sobre a tarefa que lhe foi confiada.

Pense nisso, e não perca nem mais um minuto, pois em um minuto a situação pode fugir totalmente do seu controle.

Você sabia?

Você sabia que o uso e o abuso de bebidas alcoólicas está cada vez mais cedo na vida de crianças entre 9 e 12 anos de idade?

Justamente numa faixa etária em que o ser está em formação, tanto física quanto psicológica.

Por essas e outras razões é que precisamos, com urgência e determinação, salvar esse jardim em perigo.

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.