Livraria 18 de Abril

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O consolo

   

Um dos maiores serviços que o Espiritismo presta à Humanidade é o consolo.

O consolo de sabermos os porquês da vida: Por que nascemos? Por que sofremos? Por que morremos?

E, quanto a esta última indagação, o conhecimento da vida após a morte representa um dos maiores avanços já conseguidos pelo homem.

Quem de nós nunca chorou pela morte de uma pessoa amada?

Os mais insensíveis, os mais materialistas, tanto quanto os mais descrentes, não importando o tamanho da sua descrença, sofrem pela perda de alguém.

É porque o amor e as pessoas amadas dão significado à nossa vida.

Muitos filósofos materialistas chegaram a afirmar que a vida não vale a pena, porque é somente o conjunto de alguns anos de dor que culminam com uma dor maior, a morte.

Outros tantos sonhadores levaram a vida inteira à procura da fonte da juventude, que lhes garantiria vida eterna.

Finalmente, outros ainda esconderam suas mágoas contra a morte, numa frieza superficial, forçando a aceitação de uma fatalidade que a própria razão humana repele.

Allan Kardec expressou muito bem o significado da vida além da vida na seguinte analogia:

Um grupo de pessoas zarpou, numa embarcação, para alto mar.

Os dias passaram e a notícia chegou inesperada: o barco fora tolhido por um naufrágio, não restando sobreviventes.

Todavia, todos os viajantes haviam sobrevivido ao naufrágio e agora viviam numa ilha desconhecida e isolada.

Ao cabo de algum tempo, uma equipe de pesquisadores do mar defrontou-se com a ilha, descobrindo que os ditos mortos ainda viviam.

Retornando ao porto, narraram a descoberta.

Alguns se felicitaram, outros, contudo, duvidaram, exigindo provas.

* * *

Assim é com relação à morte.

Os nossos familiares, os nossos amores, os nossos amigos que chamamos mortos, vivem, apesar de termos sepultado os seus corpos.

Assim como durante muito tempo existiram na Terra regiões jamais imaginadas, existem essas regiões espirituais, para onde foram os seres que amamos e para onde todos nós igualmente retornaremos um dia.

Portanto, se a dor da perda de alguém está lhe aturdindo o coração, mude o seu ponto de vista, porque, na realidade, não houve perda, apenas uma separação momentânea.

Não é errado sentir saudade, pelo contrário, é demonstração de afeto.

Só não é justo matarmos em nossos pensamentos de desespero, pessoas que, após a morte, vivem e sentem também saudade.

Não haveria sentido no Universo se a morte fosse o fim.

Você pode acreditar se quiser, e você pode desacreditar, se conseguir, porque, se você parar para pensar, vai descobrir que não pode ser diferente.

A vida continua após a morte, e vai continuar, mesmo que você se recuse a aceitar.

* * *

Francisco Cândido Xavier transmitiu milhares de comunicações de Espíritos que forneceram detalhes íntimos de quando estavam vivos e que receberam confirmação dos familiares.

Muitas dessas comunicações podem ser encontradas em vários livros, com o depoimento dos familiares, que comprovam a sua autenticidade.

Todas essas pessoas não poderiam ter sido iludidas ao longo de tantos anos.

Pense nisso, mas, pense agora!

Redação do Momento Espírita. Disponível no CD Momento Espírita, v. 1, ed. Fep.