Livraria 18 de Abril

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Oração para não incomodar

   

Oração é louvor, pedido e agradecimento. Assim aprendemos.

De um modo geral, nós mais pedimos do que louvamos ao Senhor da vida ou lhe agradecemos pela generosidade, que nos alcança diariamente.

E, quando pedimos, às vezes somos assaltados por dúvidas acerca do que pedir, ou como pedir.

O Sábio de Nazaré, quando interrogado a respeito, legou à humanidade a oração que ficou conhecida como Pai Nosso.

Reconhece e exalta a grandeza do pai de todas as criaturas, traduz humildade e prega a fraternidade.

As rogativas são para as necessidades mais essenciais das pessoas, o pão da alma e do corpo, o perdão das ofensas.

Quem pode viver sem alimento físico e sem combustível que lhe preencha os anseios do espírito, sem tolerância e perdão das próprias faltas?

Roga o socorro para evitar a queda e propõe reflexões em torno do perdoar ao outro, na medida em que almeja o mesmo para si.

Uma oração completa. Perfeita.

Depois dele, muitos espíritos igualmente deram suas sugestões, nesse nobre intuito de nos ensinar a orar.

Uma dessas sugestões chama-se oração para não incomodar, e diz assim:

"Senhor!

Concede-me, por misericórdia, o dom de me contentar com o que tenho, a fim de fazer o melhor que posso.

Ensina-me a executar uma tarefa de cada vez, no campo de minhas obrigações, para que eu não venha a estragar o valor do tempo.

Livra-me da precipitação e da insegurança, de modo que não busque aflições desnecessárias ante o futuro, nem me entregue à inutilidade do presente.

Dá-me a força de esperar com paciência a solução dos problemas que me digam respeito sem tumultuar o caminho dos que me cercam.

Ajuda-me a praticar o esquecimento de mim mesmo, auxiliando-me a fazer pelo menos um benefício aos outros, cada dia, sem contar isso a ninguém.

Se este ou aquele companheiro me aborrece, induze-me a olvidar o que se passou, sem dar conhecimento do assunto aos que me rodeiam.

Ensina-me a não condenar seja a quem for e, quando algum apontamento injurioso ou alguma nota de crítica malévola vierem-me à cabeça, ampara-me a fim de que tenha recursos de dissipá-los em silêncio.

Impele-me a calar toda queixa, em torno das provas e empecilhos da vida, para que eu não perturbe os que me compartilham a estrada.

Auxilia-me a conservar boa aparência tanto quanto o espírito isento de culpa;

A falar com voz calma, a sustentar bons modos;

A perder o hábito de impor minhas idéias ou de contradizer as dos outros sem necessidade.

E ajuda-me, Senhor, a viver na obediência aos meus deveres e compromissos, trabalhando e servindo, para não incomodar a ninguém."

***

A prece constitui também momento de reflexão, oportunidade de refazer caminhos e renovar atitudes.

Prece é vivência. Os lábios falam do que se encontra repleta a alma.

Pense nisso!

Texto da Equipe de Redação Momento Espírita, com base no cap. 11, do Espírito André Luiz, do livro Diálogo dos Vivos, de autoria de Espíritos diversos, pela mediunidade de Francisco Cândido Cavier, ed. Geem.