Só se aprende a fazer, fazendo
Brandon, no auge de seus seis anos de idade, levantou-se mais cedo em uma manhã de sábado, disposto a preparar uma boa surpresa para seus pais. Queria fazer panquecas para o café da manhã.
Pegou uma tigela e uma colher, subiu numa cadeira, abriu o armário, e puxou a lata de farinha.
Acabou derramando todo o conteúdo no chão. Juntou um pouco da farinha e jogou na tigela. Misturou uma xícara de leite e acrescentou açúcar, enquanto deixava rastros por toda a cozinha.
Ele estava coberto de farinha e frustrado. Queria preparar uma boa surpresa para sua mãe e para seu pai, mas estava estragando tudo.
Agora ele não sabia o que fazer, se colocava tudo no microondas ou no fogão e sequer sabia como fazer o fogão funcionar!
De repente, ele viu o gatinho lambendo a tigela e o expulsou da cozinha, mas acabou derrubando uma cartela de ovos ao chão.
Freneticamente tentou limpar aquela monumental bagunça mas escorregou nos ovos, lambuzando todo o seu pijama.
Foi aí que ele viu o seu pai parado, na porta da cozinha, a observá-lo.
Assustado, Brandon arregalou os olhos. Tudo que ele pretendia fazer era preparar uma boa surpresa. Mas o que conseguiu mesmo foi fazer uma terrível bagunça.
O garoto estava certo de levar uma tremenda bronca, talvez até mesmo uma surra.
Mas o seu pai, atravessando cuidadosamente aquela bagunça, tomou-o nos braços e o acariciou, sujando também o próprio pijama.
***
Assim também acontece conosco e com Deus, nosso Pai Maior.
Na tentativa de acertar, por vezes acabamos fazendo uma tremenda confusão, uma bagunça, e ficamos sem saber o que fazer.
Certos de que receberemos um tremendo castigo, somos surpreendidos com uma nova chance para tentar de novo, uma nova manhã para exercitar outra vez, uma nova existência para fazer bem feito.
Deus, que é a inteligência suprema do universo, um pai amoroso e justo, sabe que só se aprende a fazer, fazendo.
É por essa razão que nos oferece tantas chances quantas forem necessárias para que o aprendizado se efetive, tanto no aspecto intelectual como no moral.
É assim que voltamos inúmeras vezes ao palco terreno, através da reencarnação, para aperfeiçoar nosso espírito e galgar novos degraus na escada evolutiva.
E é assim que vamos aprendendo a lidar com nossas virtudes e vícios, ampliando as primeiras e transformando os segundos, até atingir a perfeição relativa que cabe a todos os filhos de Deus.
Você sabia?
Você sabia que o espírito não consegue aprender tudo em uma única existência?
Por isso é que precisamos renascer várias vezes na terra até que consigamos conhecer e viver todas as lições que esta escola pode nos oferecer.
Conforme ensinou Jesus, o Mestre dos Mestres, para entrar no reino dos céus é preciso nascer de novo tantas vezes quantas sejam necessárias, até que possamos fazer brilhar a nossa luz.
Até que consigamos superar essa etapa chamada humanidade e alcançar a condição de espírito puro, à imagem e semelhança de Deus, nosso criador, que é a luz por excelência.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em texto traduzido por Sérgio Barros, de autoria ignorada.