Livraria 18 de Abril

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A senda estreita

   

Na busca da solução dos problemas que lhe inquietam a alma, não se deixe seduzir por caminhos aparentemente fáceis.

Realização pede trabalho.

Vitória exige luta.

A conquista da paz, pressuposto da felicidade, é incompatível com a deserção de compromissos assumidos.

Muitos jornadeiam no mundo da larga avenida dos prazeres efêmeros.

Mas cedo ou tarde se entediam e desencantam, quando não sucumbem às tentações do crime.

Há quem prefira a estrada agradável dos caprichos pessoais atendidos.

Entretanto, não raro incide em tenebrosos enganos, carregando pela vida afora o peso do arrependimento.

As experiências da vida terrena são as mais diversas, mas não constituem obra do acaso.

Ninguém recebe um berço entre os homens para acomodar-se, entre a preguiça e a inércia.

Nosso dever é nossa escola.

A confiança em Deus pressupõe acreditá-lo no absoluto comando do universo.

Se o Pai permitiu que você tivesse determinada experiência, faça o seu melhor, mesmo com dificuldade.

Por certo esse vivenciar corresponde ao valor que lhe incumbe amealhar, em sua jornada para a amplidão da verdadeira vida.

Na trilha do aperfeiçoamento moral, não existem atalhos de facilidade.

Ninguém poderá aprender em seu lugar a lição que lhe compete.

Jesus aconselhou que o homem porfiasse por entrar pela porta estreita.

A senda estreita refere-se à fidelidade que deve ser mantida por quem aspira à paz.

É necessário ser fiel às próprias obrigações, evitando fugir delas por qualquer pretexto.

O dever bem cumprido pacifica a criatura, credenciando-a a experiências mais ricas e plenas.

Para sustentar a necessária fidelidade ante os compromissos, é preciso algum sacrifício.

Não há como atender a todas as fantasias e caprichos nascidos da vaidade e ao mesmo tempo cumprir programas de elevação espiritual.

A comunhão com o alto, na humildade dos deveres retamente satisfeitos, implica paulatino abandono da bagagem de sombra que ainda trazemos em nós.

Tanto mais feliz é o ser humano, quanto mais contentamento encontra em colaborar para a alegria e o crescimento alheios.

Prestar muita atenção nos próprios problemas os faz crescer em importância.

Já a dedicação ao próximo tende a auxiliar o homem a perceber a pequenez de seus dissabores.

O saber-se útil, buscando propiciar bem-estar aos semelhantes, acalma e pacifica o coração.

O caminho para o céu que todos almejam passa pela disciplina de adaptar o próprio espírito na garantia da felicidade geral.

Não concentre suas energias e talentos na busca de vantagens passageiras.

Glórias desnecessárias ou imerecidas, ociosidade e fulgores sociais tendem a atrair penúria e ignorância.

Não escolha caminhos fáceis, mas de destino duvidoso.

Persevere na renúncia que eleva e edifica, enobrece e ilumina.

Não rejeite a provação e o trabalho, a abnegação e o suor.

Em todas as circunstâncias, recorde que a ‘porta larga’ é a paixão desregrada, o culto do personalismo.

Já a ‘porta estreita’ é sempre o amor intraduzível e incomensurável de Deus.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no capítulo 12 do livro ‘Ceifa de luz’, do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier.