Quando é Natal
Quando é Natal, o ar se enche de luz. Pode haver tempestades, ventos fortes, mas um aroma especial se faz presente, diverso de qualquer outro.
Não há quem não o sinta. Mesmo os que se dizem avessos a comemorações o podem perceber.
Há musicalidade na voz das crianças quando se encantam com as cores que explodem em guirlandas, enfeites e luzes, tomando a cidade de assalto.
Os sorrisos se multiplicam ante a perspectiva de reencontros de familiares distantes, no dia que se avizinha.
Por mais simples seja a residência, há sempre a disposição de colocar pequenas luzes coloridas que piscam, nas noites estreladas, tentando disputar o esplendor com os astros do céu.
Pensa-se na recepção aos familiares, na saudade que será afogada em longos abraços, nos amigos a quem se deseja ofertar algum mimo.
Cartões são escritos com dizeres de emoção e enviados àqueles que estão distantes, que os receberão, sensibilizados por terem sido lembrados.
Mensagens curtas ou longas, sempre felizes, são enviadas pelos mais variados sistemas eletrônicos.
Quando é Natal, ensaiamos mais uma vez a extraordinária sensação de sermos amáveis, gentis, mais humanos.
Preocupamo-nos com a criança que deseja um brinquedo, o doente que aguarda a visita, o idoso que espera um afago.
Lembramos dos amores mais amados e arquitetamos planos para que o Natal lhes seja mais feliz do que jamais foi.
Recordamos daqueles de que nos afastamos e elaboramos formas de nos reaproximarmos.
As canções natalinas estão nas ruas, nas praças, nas lojas, nos corações.
Há dramatizações do celeste acontecimento em escolas, clubes, instituições.
Há shows em lugares públicos, envolvendo os que passam, os que param para se encantar um tanto mais, os que parecem indiferentes.
Compram-se presentes lembrando que um Rei foi homenageado por magos, vindos de distantes terras, com ouro, incenso e mirra.
Unimo-nos em oração em homenagem às celestes vozes que se fizeram ouvir na noite ainda não de todo fria, anunciando aos pastores no campo a chegada do aguardado visitante.
Acendemos luzes desejando lembrar o brilho de uma estrela especial que indicou o caminho a estrangeiros nobres até o local do nascimento de um menino.
Acendemos as luzes de fora, desejando ardentemente que as possamos acender em nossa intimidade... Para sempre, para nossa felicidade.
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Sim, é Natal. E porque é Natal, outra vez, há tanta festa. E luz. E cor. E música.
Jesus nasceu! A notícia foi de grande alegria para todo o povo. E o Menino foi encontrado em uma manjedoura, envolto em panos.
Como tutores especiais um homem digno, de mãos calejadas pelo trabalho honesto de cada dia e uma mulher, que atendeu o convite dos céus para receber em seu seio o maior mensageiro de todos os tempos: o Rei Solar.
Pensemos nisso e, enquanto nos envolvemos nas doces elegias do Natal, permitamo-nos cantar hosanas em nossos corações, agradecendo a Jesus por mais esta oportunidade de lembrá-Lo, de revivê-Lo em nossos gestos, palavras, plenificando-nos de bênçãos. Beneficiando a outros. Modificando o planeta para a felicidade tão desejada, tão almejada e cantada por todos nós.
Feliz Natal!
Redação do Momento Espírita.