Livraria 18 de Abril

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Mulher especial

   

Há mulheres que são especiais.

Em dadas circunstâncias, parecem princesas ou mesmo rainhas, pois encantam, fascinam e mostram ter poderes de tal modo expressivos, diante dos quais dobramos a cerviz.

Há ocasiões em que são como administradoras ou economistas, quando se põem a organizar a vida do lar, seus movimentos e despesas, tudo aquilo que se compra e o que se põe na mesa, para a fruição de todos.

Conseguem, muitas vezes, ajuntar alguma quantia que sobra para momentos mais difíceis.

Quantas vezes se mostram como agentes de disciplina?

Alteiam a voz, como quem dá voz de comando, ordenam, impactam com o tipo de inflexão que utilizam, e põem, dessa maneira, tudo e todos em seus devidos lugares, dentro de casa.

São quais colegas, quais colegiais, variadas vezes.

Envolvem-se com os pequenos, brincam, jogam com eles; riem-se deles e com eles, até o momento justo de estancar a brincadeira.

Mulheres há que se tornam médicas ou enfermeiras, diante das necessidades dos seus filhos.

Acolhem-nos, preparam-lhes poções e chás diversos, e, muitas vezes contrariando as instruções formais, dão-lhes xaropes e pastilhas.

Se enfermos, banham-nos, põem-nos em seus leitos, recobrem-nos, acalentam e vigiam, dias ou noites, dias e noites, até que retornem à saúde.

Mas, dentre essas mulheres incríveis, especiais de verdade, temos aquelas que reúnem todas essas habilidades:

São mestras, são agentes disciplinares; são administradoras e economistas, enfermeiras, psicólogas, são médicas.

São cozinheiras, lavadeiras, artesãs e fiandeiras. Conseguem ser governantas, serviçais e chegam a ser santas.

Essas almas geniais de mulher são alimentadas pelo estranho ideal de sempre entender, de atender e de sempre servir.

São companheiras próximas dos anjos, são servidoras de Deus e mensageiras da vida. São nossas fãs, amigas extremadas para quem nunca há nada impossível, quando se trata de atender-nos, de alegrar-nos, de ajudar-nos.

São mulheres sem igual. Perfumam como flores, são ardentes como a chama e brilham como estrelas.

Nada obstante todos os elogios que lhes possamos dirigir, o que é mais tocante, mais comovente, é saber que uma dessas mulheres, incumbidas por Deus para mudar o mundo, ajudando-o a ser melhor, a ser um campo bom de se viver, tem uma missão particular.

Há uma mulher para quem o Criador entregou a missão de cuidar-me, de fazer-me estudar para entender, de ensinar-me a orar e a crescer, a respeitar a todos e a servir para o bem.

Essa mulher é um encanto em minha vida, e não há ninguém que se lhe assemelhe.

Ao vê-la, meus olhos marejam e bate forte o meu coração. Ela é tal qual mistura de ouro e brilhante...

Ela é, por fim, a luz que torna meu caminho cintilante.

É aquela a quem chamo de minha mãe.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em mensagem do Espírito Ivan de Albuquerque, psicografada por Raul Teixeira, em 08/03/2006, na Sociedade Espírita Fraternidade, Niterói-RJ.