Você recorda o nome de sua primeira professora?
Pois é, quase nunca lembramos. Mas, com certeza, recordamos dos nomes dos nossos professores universitários. E não é pelo fato da proximidade de nossa formatura. Nós os lembramos pelo cabedal e conhecimentos, pela experiência e segurança, dentro de sua área de atuação.
Nós os recordamos porque partilharam das nossas lutas mais árduas, a fim de conseguirmos o tão ambicionado diploma. Nós os lembramos porque estiveram conosco nas pesquisas e nas orientações particulares. Também porque foram, muitas vezes, os que nos conduziram aos nossos primeiros estágios, ensaiando-nos para a carreira profissional.
Alguns nos orientaram em nossas monografias, a fim de alcançarmos as especializações que almejávamos.
Temos razão em recordá-los e com gratidão. Entretanto, de nada adiantaria todo o conhecimento e a experiência deles na universidade, se não tivéssemos chegado até lá.
E somente chegamos até lá porque em nossa infância, alguém de extrema dedicação, nos abriu a possibilidade da leitura, desvendando-nos o alfabeto.
Alguém que teve paciência suficiente para nos ensinar a decifrar os códigos da escrita. Que tomou a nossa mão e foi traçando os contornos das vogais e consoantes, a fim de que aprendêssemos a escrever.
Esta criatura foi nossa primeira professora. Enquanto brincávamos ou descansávamos após as horas da escola, ela se debruçava sobre livros à cata de contos e histórias para melhor ilustrar o ensino, no dia seguinte.
Enquanto nós dormíamos, ela estava criando e confeccionando materiais com suas mãos habilidosas. Eram personagens, gravuras, painéis para compor a próxima.
Tudo para que o estudo nos parecesse atraente e a escola nos conquistasse.
Crescemos. Hoje, quando lemos com fluência, até em outros idiomas, possivelmente nem nos recordamos das dificuldades dos primeiros momentos.
Após tantas conquistas e tantos anos passados, é bom nos recordarmos da nossa primeira professora, aquela que descobriu a terra propícia da nossa riqueza interior e a despertou.
Aquela que nos ensinou os sons precisos das letras e como uni-las, a fim de formar palavras. Aquela que nos forneceu as noções básicas das operações aritméticas, a fim de que pudéssemos entender as noções de quantidade, pesos, medidas.
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Se você tem hoje filho na escola e se emociona quando ele chega em casa, cantando uma pequena canção ou contando uma história, lembre: há uma criatura muito especial que se dedica de forma muito particular a ensinar-lhe muitas coisas, todos os dias.
Por isso, da próxima vez que seu filho olhar para uma placa ou painel de propaganda, em plena rua e começar a soletrar, tentando unir as letras para formar palavras e você o olhar com orgulho, não deixe de lembrar do tesouro precioso que é a escola.
Mais do que isso, não esqueça de agradecer, de vez em quando, à professora, por essas pequenas grandes conquistas do seu filho.
Redação do Momento Espírita