Se você tem o hábito de fazer a oração Pai Nosso, já deve ter repetido em suas preces, inúmeras vezes, um pedido ao Criador do qual, muitas vezes, não nos damos conta.
Ao atender o pedido dos Apóstolos para lhes ensinar a orar, Jesus sintetiza em o Pai Nosso, as possibilidades da oração: o louvar, o agradecer e o pedir.
Porém, poucos são os momentos em que meditamos profundamente nos pedidos que fazemos a Deus, a cada vez que recitamos o Pai Nosso.
Quando dizemos: Seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como nos Céus, é o pedido para que tudo ocorra conforme a Vontade do Pai.
E incoerentemente, algumas vezes brigamos com o Criador, porque nosso pedido não se realiza.
De maneira insensata, maquinalmente, repetimos o pedido para que Sua Vontade se faça, mas não construímos no coração a capacidade de aceitar a Vontade de Deus.
Ao desejarmos que a Vontade de Deus se faça, em detrimento da nossa, temos que entender e sentir, profundamente, Deus como nosso Pai.
O que nos levaria a abrir mão da nossa vontade em nome de uma outra vontade?
Somente a certeza de que essa Vontade é mais sábia, mais ponderada e mais adequada para nós.
Ao desejarmos que se realize a Vontade de Deus, estamos expressando o desejo de que o Seu amor paternal seja a tônica e a regra de nossa existência, não importando como isso irá se expressar em nossa vida.
Desta forma, há que se entender que os desígnios da vida, a nos oferecerem situações desafiadoras, são a Vontade do Pai que se faz, ensejando a oportunidade do aprendizado de Suas Leis.
Assim, não faz sentido revoltar-se quando a doença surge, demandando coragem, paciência e perseverança na busca da saúde.
Quando o amor parte para o outro lado da vida, nos antecipando na viagem de retorno ao lar, não haverá porque insurgir-se, questionando a justiça da dor das saudades, que nos rasga o peito.
Se o revés financeiro nos chega, se a dificuldade familiar se instala, se o ambiente profissional se mostra difícil, é necessário refletir.
Soberanamente bom e justo, Deus entende que a vida é oportunidade de grande monta, que não deve ser desperdiçada sem o aprendizado.
Assim, as dores, as dificuldades, os desafios são lições que a vida, sob os desígnios de Deus, nos oferece, a fim de compreendermos, a cada passo dado, um pouco mais das Suas coisas.
Portanto, ao pedirmos a Deus que seja feita a Sua Vontade e não a nossa, compreendamos, na intimidade da alma, que a Sua Vontade, os Seus desígnios são sempre pautados no Amor de Suas Leis.
E por Amor, Deus nos oferece oportunidades de aprendizado, fazendo com que sejam enriquecedores os anos que estejamos aqui, a fim de que a vida cumpra seu desígnio maior para cada um de nós.
Redação do Momento Espírita.