Foi aguardado por séculos e proclamada Sua chegada por homens de vários povos. Os sábios consultavam as estrelas, à espera de um sinal.
Chegou em uma noite quase fria, Aquele que fora anunciado pelos antigos profetas. Desde o berço lecionou humildade sem temer, contudo, dizer-Se o Mestre e incentivar a que Lhe imitássemos os feitos.
Escolheu as paisagens verdejantes e as montanhas para entoar Seus hinos de nobreza, como jamais foram modulados na Terra, de tal forma que ninguém, em época alguma, conseguiu abafar.
Alimentou-Se mais da prece, do contato íntimo com o Pai do que do repasto material.
Dispondo de recursos inimagináveis, preferiu a simplicidade para manifestar a Sua presença entre os homens e contagiar os que O cercavam.
Servindo-Se das expressões comuns e de fatos por todos conhecidos, deu vitalidade a Suas palavras que atravessaram os séculos e permanecem úteis para o homem que aguarda uma nova aurora.
Com capacidade para arregimentar exércitos de servidores, escolheu somente 12 companheiros, e os honrou com o trabalho de implantar o Reino dos Céus, na intimidade das criaturas.
É Jesus, Esse Divino Sol.
Viveu cercado pela maldade de muitos e experimentou as agressões dos astuciosos, sempre puro, servindo ao Pai.
Diante dos grandes da Terra não Se apequenou e ao lado dos pequenos não os ofuscou com Sua grandeza. Ao contrário, os chamou amigos e irmãos.
Por ser o amor a fonte da vida, Ele amou sem cessar.
Não lamentou a prisão, não Se queixou dos maus tratos. Nada pediu. Foi traído e perdoou. Abandonado por aqueles mesmos a quem beneficiara e a quem concedera a Sua amizade mais profunda, não reclamou e entregou-Se ao Pai.
Depois de todas as aflições experimentadas, o Seu primeiro gesto, após a morte, foi buscar os amigos, ansiosos, saudosos, para lhes lecionar a Imortalidade e amparar seus corações.
Sua mensagem de fraternidade igualou os homens, cujas diferenças se encontram somente nas conquistas do Espírito imortal.
Dignificou a mulher, retirando-a da escravidão que padecia.
Abraçou a criança e a elegeu como símbolo de pureza.
A viuvez e a dor receberam dele o bálsamo da alegria, do alento.
Com Seus ditos e Seus feitos inaugurou a Nova Era com vistas a um futuro melhor.
Embora muitos ainda o aguardem, no tempo, Ele já veio e permanece no leme, direcionando todos aqueles que, sensibilizados por Sua mensagem, se decidem a consolar os seus irmãos, consolidando na face do planeta as bases para o Reino ditoso que almejamos.
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Jesus nasceu durante o reinado de César Augusto.
Esse imperador era um idealista e o seu período de governo ficou conhecido como o período áureo, pois ele estimulou a filosofia, a literatura e as artes.
O mundo de então era uma imensa caldeira de aflições.
Por isso veio Jesus: para ser o Guia, o Norte, o amparo de todos quantos desejassem aceitar o Seu convite de paz e renovação.
Redação do Momento Espírita com base no cap. 25 do livro Estudos Espíritas, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.