Reverência à vida

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Os ecologistas, no mundo inteiro, lutam pela vida. Asseveram que se o homem não cuidar do meio ambiente, zelando pela fauna e a flora, a natureza lhe responderá, pela própria lei de ação e reação, de forma agressiva, e a vida se tornará inviável na Terra.

É assim que lutam pela não extinção das baleias, pelo respeito aos golfinhos, ao mico-leão dourado, e outros tantos espécimes ameaçados, cuja existência já se encontra comprometida, por causa da atuação predadora do homem.

Observam-se grupos lutando, no mundo inteiro, para saciar a fome que infelicita comunidades e nações. E as imagens televisivas nos sensibilizam, conclamando-nos ao auxílio, mostrando-nos crianças esquálidas, seios sem leite sugados com avidez por bebês mirrados, homens e mulheres em incrível situação de penúria.

Ao lado de tantos que assim batalham pela vida, existem os que lutam contra ela. São os defensores do abortamento, apresentando seus motivos que vão desde as questões do comodismo a dificuldades financeiras, preconceitos e filhos indesejados.

Se soubessem tais defensores como se opera o milagre da vida e do empenho do Espírito que deseja renascer, quiçá pudessem reverter suas propostas.

Pois tudo começa na doce intimidade da trompa feminina, como uma doce esperança, uma delicada primavera.

Como se fosse um planeta perdido no espaço, o óvulo é ejetado pelo ovário na Trompa de Falópio, e ali permanece fértil por um período de 24 horas.

Um halo luminoso o circunda. São as células nutrientes que alimentam a semente de vida.

Enquanto isso, os espermatozoides utilizam suas caudas, agitando-as com rapidez e cerca de 100 deles chegam até à célula feminina.

Eles removem, febrilmente, as células nutrientes que envolvem o óvulo e agitando ainda vigorosamente suas caudas, giram como uma broca, na tentativa de furar a parede externa do óvulo.

Embora quase uma dúzia de espermatozoides esteja prestes a furar o invólucro, ao mesmo tempo, quando um deles consegue, ocorre um fato extraordinário: a mulher concebe.

É neste momento exato que o Espírito se une à célula ovo e, desde então há vida.

Eis porque interromper a gravidez, em qualquer momento, é sempre crime. É por esse mesmo motivo que as sensíveis aparelhagens ecográficas nos mostram o pequenino ser, lutando no interior do útero, pela vida, quando se sente ameaçado.

É por isso mesmo que os Espíritos Superiores nos conclamam a lutar sempre e sempre pela vida, defendendo esses pequeninos seres que se preparam para nascer e procuram o melhor lugar: o útero materno.

Local que deveria ser sempre sua melhor defesa e que, por vezes, se transforma em um palco de guerra, com combatentes armados somente de um lado, enquanto do outro, permanece a vítima, indefesa, sem ninguém que lhe possa ouvir os gritos silenciosos de horror e de agonia.

* * *

Há crime sempre que se transgride a Lei de Deus.

Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.

Redação do Momento Espírita com utilização do item 358 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.