Festas ricas tornam-se tão pobres,
Quando a riqueza repousa somente sobre brasões nobres...
Suntuosas honrarias... Suntuosidades vazias...
Salões de ausência, imprudência, carência...
Dançam na luminosidade de seus diamantes brutos
Na falsidade de seus audazes sorrisos curtos...
De que forma utilizam vossas belezas, vistosas damas?
Atraindo corpos ou sentimentos - chamas?
De que maneira conquistam vossas beldades, caríssimos cavalheiros?
Promessas que inspiram verdades, ou encantares passageiros?
Por que tocam Chopin, se Chopin não foi convidado?
E mesmo se convite tivesse recebido; convite teria recusado...
Por que trouxeram cordas, sopros, metais,
Se vossos corações não os ouvem mais?
Aquecem-se no fogo, mas o fogo não enxergam.
Banham-se de noite, mas vosso sono a ela não entregam...
O Espírito adormece sob efeito de palavras venenosas.
Acorda em desventuras trevosas;
Será que não veem que bailam em vazios, e vazios vos tornam?
Que sem a fonte pura da água, os rios, os rios não se formam?
Por Deus, ouçam esta sombra invisível que vos visita.
Por mais brilhante que seja, a riqueza da pedra... nunca será rica.
Allan Kardec pergunta aos Espíritos, em O livro dos Espíritos:
O que pensar do homem que procura nos excessos de toda espécie, um refinamento para seus prazeres?
A Espiritualidade Superior oferece a seguinte resposta:
Pobre infeliz digno de lástima e não de inveja. Está bem próximo da morte!
Entendendo que os Espíritos falavam da morte física e da moral, o Codificador do Espiritismo conclui:
O homem, que procura nos excessos de toda espécie um requinte de prazeres coloca-se abaixo do animal, porque o animal sabe deter-se na satisfação da sua necessidade.
Despreza o homem a razão que Deus lhe deu por guia, e, quanto maiores os seus excessos, mais domínio exerce sua natureza primitiva sobre sua natureza espiritual.
As doenças, a decadência, a morte prematura decorrentes dos abusos, são a consequência da transgressão da Lei Divina.
A riqueza da pedra, realmente, nunca será rica...
Redação do Momento Espírita com base no poema A riqueza da pedra, de Andrey Cechelero, do livro No castelo do Espírito e no item 714 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.