É comum se ouvir a referência de que na Terra tudo passa. Passa a dor, tanto quanto a fama e o apogeu.
Assim, a História nos fala de impérios, cidades e nações que dominaram regiões ou quase todo o mundo antigo conhecido, e depois desapareceram na poeira do tempo.
Celebridades, personalidades que ditaram moda, costumes, que assombraram o mundo e seduziram multidões, arrastando-as, por vezes, à loucura, também passam.
As criaturas morrem, seus fãs ou seguidores lhes são fiéis algum tempo, mas os anos se encarregam de reduzir o seu número.
É natural tal fenômeno, desde que, na medida em que desaparecem os impérios e os ídolos, também desaparecem os homens que os mantinham ou os idolatravam, seguindo no ciclo comum da morte.
Mesmo os considerados mitos sagrados de artes como o cinema, a música, são recordados em datas especiais: no aniversário de nascimento, na data da sua morte, de um evento especial.
Então, as reportagens televisivas, jornalísticas e as revistas enxameiam com manchetes retumbantes, de efeito, mostrando-nos centenas e centenas de pessoas que afirmam cultuar aquele ídolo, apesar do tempo transcorrido.
Contudo, há um homem, na História da Humanidade, que teve, justamente após a Sua morte, acrescido o número dos Seus seguidores e a cada ano mais se multiplicam.
Em Seu nome, e por amor à Sua doutrina, multidões se entregaram ao sacrifício até à morte.
Tido como um revolucionário à Sua época, por muitos, simplesmente local e passageiro, demonstrou por Seus feitos que era maior do que o mundo que O acolhia. Por isso mesmo, não compreendido.
Falamos de Jesus, o homem que dividiu a História da Humanidade, estabelecendo o antes e o depois.
Jesus! Ninguém que O igualasse. Alto e belo, chamava a atenção por onde passasse. Os trigais se dobravam à Sua passagem e os ventos iam à frente, anunciando-Lhe a chegada.
Por onde passou, deixou indelével o Seu perfume. Não conduzia guerreiros, nem arautos pomposos. A voz do povo O anunciava e suas hosanas chegavam aos ouvidos de todos, mesmo daqueles que desejassem se fazerem surdos.
Sua mensagem atingia os corações e, como hábil agricultor, semeou a esperança e a fé nos terrenos mais áridos.
Rei das estrelas e Governador do mundo, fez-Se simples, evidenciou à saciedade a importância das coisas pequenas, dos serviços humildes.
Ainda hoje permanece presente. Tentaram apagar-Lhe os rastros e dizer da Sua não existência. Mas, Ele permanece vivo e atuante, Mestre e Modelo da Humanidade.
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Jesus nasceu antes da morte de Herodes Magno, que morreu na primavera do ano 750 da era romana. Esse ano corresponde ao ano 4 antes da era cristã.
Por isso, a data mais provável do nascimento de Jesus deve ser o ano 7 ou 6 antes da nossa era.
Os apóstolos foram os que acrescentaram ao nome de Jesus o de Cristo, que na tradução do aramaico significa Messias.
E as comunidades helenistas, por desconhecerem o significado do título, fizeram dele um segundo nome: Jesus Cristo ou Jesus, que é chamado Cristo.
Redação do Momento Espírita, com informações colhidas nos verbetes Jesus e Cristo, do Dicionário enciclopédico da bíblia, de A. Van Den Born, ed. Vozes.