Luis XIV, um dos monarcas de França, baseou o seu reinado no direito divino dos reis. O seu foi o reinado do absolutismo monárquico.
Celebrizou-se como o Rei Sol e se mostrou indiferente quanto ao futuro do trono e do povo.
Tinha por hábito declarar que após ele, viesse o dilúvio. Viveu toda sorte de prazeres e de abusos.
Certa feita, ele recebeu uma denúncia de que se tramava contra o trono. Pediu ao próprio delator que lhe trouxesse a lista dos envolvidos, para que ele os condenasse à morte, por crime contra a pessoa de Sua Majestade.
Elaborada a funesta lista, foi-lhe apresentada, sendo que aqueles que conspiravam contra o monarca tinham o seu nome assinalado por uma cruz.
O rei observou, com cuidado, a relação. De repente, pareceu atentar para algo em particular, tomou-se de espanto e largou a lista sobre a mesa de trabalho.
Perturbado, declarou: Não posso condenar esses homens. Eles estão com os seus nomes marcados pelo instrumento com que mataram o inocente.
Narra a História que ele a todos perdoou.
Apesar de seus tantos desmandos, naquele momento, o rei foi tocado pelo símbolo da barbárie com que pretenderam silenciar a verdade, no episódio do Calvário.
Foi um momento de aprendizado. Uma lição de vida para outras vidas.
À semelhança dele, todos nós, em nossas vidas, defrontamo-nos com momentos de sérias decisões.
Quantas vezes teremos agido de forma incorreta, por não nos apercebermos da mensagem do Cristo que nos busca atingir a mente e o coração?
Todos os seres pensantes experimentam tais chances psicológicas de crescimento. São desafios para a própria iluminação e conquista da sabedoria que, infelizmente, nem sempre sabemos aproveitar.
Há momentos muito próprios para o aprendizado das lições que a vida oferece. Preciso é que saibamos identificá-los, de forma a lucrar, ganhando maturidade.
Necessário é que nos façamos atentos ao que nos rodeia.
Aqui é um amigo imerso em um mar de dívidas, pela própria incúria. Aprendizado de sensatez para nós. Oportunidade de auxílio que se faz presente.
Ali é alguém a chorar as dores de um amor perdido pelo desencadear do egoísmo de que se faz portador. Aprendizado de renúncia e ponderação para nós. Oportunidade de elucidar, convidando-o à tentativa de renovação.
É importante viver intensamente cada momento, florescendo onde nos encontremos, com o que tenhamos, sem tormentos de desejar estar em outro lugar, outro tempo, outra circunstância.
O melhor momento é o que se vive, por se constituir em momento de construção do nosso futuro de felicidade e perfeição.
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Bendize a oportunidade que tens de semear. Amanhã será a hora de recolher.
Aproveita as horas e cultiva a esperança por onde passes.
Lembra que o rio das oportunidades passa e suas águas não retornam nas mesmas circunstâncias, nem nas mesmas situações.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Lições de vida, do livro Vida: desafios e soluções, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal, e no verbete Oportunidade, do livro Repositório de Sabedoria, v. 1, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.