O amor é o sentimento superior em que se fundem todas as qualidades do coração humano.
É a manifestação de uma força que nos eleva acima das coisas terrenas até alturas divinas, unindo todos os seres e despertando nos que dela são portadores uma felicidade íntima.
O amor é o olhar de Deus por sobre todas as criaturas. É a expressão das virtudes máximas da doçura, da bondade, da caridade.
Se desejamos saber o que é amar, basta que consideremos alguns vultos da Humanidade.
De todos, Cristo foi a maior expressão do amor, oferecendo-Se em sacrifício, até a morte, em benefício dos seus irmãos. É Ele mesmo que nos conclama: "Amai os vossos inimigos."
Naturalmente, por essas palavras, não exige o Cristo da nossa parte uma afeição impossível, mas a ausência de todo ódio, de todo desejo de vingança.
A sincera disposição para ajudar, nos momentos precisos, aqueles que se erguem como provocadores de distúrbios e dores em nossas vidas.
E se somos convidados a amar os que não nos querem bem, quanto mais não deveremos amar aos que se constituem bênçãos em nossas vidas.
Nossos pais, cuja solicitude manteve a nossa infância, que trabalharam para aplainar os obstáculos das nossas vidas, que nos acalentaram e aqueceram em seu seio, que acompanharam nossos primeiros passos, nossas primeiras dores e fracassos.
Que se alegraram com nossas conquistas e nos incentivaram ao progresso.
Com muito amor lhes devemos cercar a madureza e a velhice, reconhecendo-lhes a ternura e os cuidados constantes.
Amar a pátria, o solo generoso que nos acolhe os corpos, na presente jornada.
A pátria que, como mãe amorosa, distribui seus tesouros a todos os seus filhos.
Que nos desvela o patrimônio sagrado das ciências e das artes, das leis, da ordem e da liberdade, todo esse acervo produzido pelo homem.
Amar os que caminham conosco, na estrada evolutiva, arcados, tanto quanto nós mesmos, pelos sofrimentos e lutas consigo mesmos, no intuito de se melhorarem.
Somos todos filhos de Deus, membros da grande família dos Espíritos.
Todos Espíritos, marcados com o sinal da imortalidade.
Irmãos destinados a nos conhecermos e a nos unir na harmonia das leis e das coisas, longe das querelas ilusórias da Terra.
Deus é o foco do amor e, como o sol, projeta Seus raios a todos envolvendo, sem exclusões. Derrama-Se sobre todas as coisas e aquece as almas.
Criados por Deus por amor, fomos projetados para amar. Amemos e sintamos esta celeste atração das almas, que liga os mundos, os governa e fecunda.
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Você sabia que o amor tem sempre a função de unir, nunca a de separar?
Quando ama, o homem sublima os seus sentimentos.
O apóstolo João, desde a sua juventude, arrebatado pelo amor de Jesus, serviu infatigável até à velhice.
E não se cansava de repetir: "Filhinhos, amai-vos... Amai-vos".
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 49, do livro Depois da morte, de Léon Denis, ed. Feb, e no verbete Amor, do livro Repositório de sabedoria, v. 1, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.