Reencarnação e libertação

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A idéia da reencarnação começa a tomar corpo no imaginário popular.

Embora nem sempre de forma muito própria, as pessoas falam e raciocinam sobre ela.

São comuns os comentários de projetos para futuras existências.

Também se questiona a respeito do que já se viveu e dos reflexos dos atos do pretérito na vida atual.

Tem-se especial fascínio pelo tema do reencontro de almas.

O Espiritismo fornece um roteiro de raciocínio lógico e claro para todas essas questões.

Quando devidamente estudado, ele auxilia a perder ilusões e a encarar a realidade com coragem e otimismo.

Na concepção espírita, a reencarnação insere-se no âmbito das Leis Divinas.

Pouco importa gostar-se ou não dela.

Trata-se de uma realidade que não pode ser burlada.

À semelhança da lei da gravitação universal, ela espraia seus efeitos de forma obrigatória.

Nenhum ser humano logra levitar apenas por espírito de rebeldia à lei de gravitação.

Da mesma forma, Espírito algum deixa de evoluir mediante infinitas encarnações.

Tentar escapar disso é como se dedicar a impedir o amanhecer: algo simplesmente impossível.

As reencarnações se sucedem enquanto forem necessárias ao aprimoramento do Espírito.

A vida física comporta muito de dores e decepções.

É impossível fazer projetos de perene felicidade em um corpo fatalmente destinado à destruição.

Essa peculiaridade chama a atenção dos homens para o que realmente interessa.

Eles devem perceber que sua passagem pela Terra é transitória.

O planeta Terra, em termos de Universo, é pouco mais do que o jardim de infância.

Educandários mais sofisticados aguardam os que aprendem as lições iniciais.

Para que o Espírito não se acomode no princípio das lições, ele é sempre instigado a prosseguir.

Por muitos séculos, a sensibilidade evolui com vagar.

Mas chega um momento em que o espetáculo da violência e da crueldade já produz excessivo impacto no mundo íntimo da criatura.

As notícias sobre corrupção causam grande tristeza.

A exploração do sexo em comerciais e filmes enseja constrangimento.

Se você sente apenas enfado com o que segue encantando as massas, eis um excelente sinal.

Ele certamente significa que sua sensibilidade foi trabalhada o suficiente no curso dos séculos.

Você já não mais consegue ter paz enquanto a sua volta campeiam tragédias e crimes.

À semelhança de um fruto maduro, seu processo evolutivo sazonou.

Felicite-se por isso e tome as providências necessárias à sua definitiva libertação dos círculos inferiores da vida.

Tenha em mente que o egoísmo é o vício que mais fortemente ata o Espírito à matéria.

Para vencê-lo, esforce-se em agir desinteressadamente.

Incorpore em sua vida o hábito de fazer o bem sem se preocupar em auferir quaisquer vantagens.

Aprenda a sacrificar seus interesses à justiça.

Encontre alegria em servir, em auxiliar e em compreender.

Quando surgir alguma dúvida sobre o comportamento correto, recorde as palavras sublimes de Jesus.

E sempre trate o próximo como você gostaria de ser tratado, se estivesse no lugar dele.

Em suma, aproveite ao máximo a sua presente encarnação.

Ela é o seu passaporte para a libertação e a felicidade.

Redação do Momento Espírita