O Espiritismo ensina que a lei de evolução rege os destinos da Criação.
Todos os Espíritos são criados em estado de absoluta simplicidade e total ignorância.
Mas gradualmente eles se afastam da infância.
Por meio de variadas experiências, principiam seu longo processo de aprendizado e desenvolvimento.
O destino final é a angelitude.
Ricos de amor e repletos de sabedoria, todos um dia verão coroados os seus esforços e recompensadas as suas dores.
O Universo então se afigurará lógico e compreensível, deveras belo em sua justiça.
Gloriosamente feliz, o Espírito dedicará seu tempo a auxiliar e amparar os que seguem na retaguarda.
Presidirá complexos fenômenos da natureza, em sua dilatada compreensão da vida.
Contudo, tão sublime estado não vem de graça.
A cada um conforme suas obras, afirmou o Cristo.
Para chegar lá é necessário abrir mão de alguns maus hábitos da infância espiritual.
Ao mesmo tempo, urge desenvolver todos os talentos de que se é possuidor.
A inteligência necessita fulgurar em resplendores.
O amor deve guiar todos os atos.
Impõe-se o desenvolvimento do gosto de partilhar.
A compaixão precisa ser intensamente vivida.
Para quem caminha vigorosamente rumo ao alto, o cumprimento do dever constitui a única forma de vida possível.
Não mais fugas e desculpas.
Nada de cultivar hábitos infelizes, como maledicência e preguiça.
Vulgaridade na linguagem e no comportamento não mais é admissível.
Não se trata de moralismo ou de um viver afetado.
Cuida-se de um genuíno propósito de superação e aperfeiçoamento.
Cansado de sofrimentos e baixezas, o Espírito se enamora de ideais de pureza e trabalho.
Certamente não se torna puro em um instante, como por um passe de mágica.
Mas luta corajosa e silenciosamente com as fissuras morais que ainda traz no íntimo.
Com disciplina e paciência, desenvolve novos hábitos.
Aprende a amparar o semelhante, a dar sem esperar recompensa.
É então que se torna sozinho e incompreendido.
A grandeza alheia habitualmente incomoda.
A pureza e a luz de um caráter resoluto no bem costumam evidenciar os vícios dos outros.
Não que a criatura genuinamente boa alardeie sua condição.
É que sua conduta contrasta violentamente com o agir corrupto dos demais.
Não falta quem veja na pureza apenas bloqueios sexuais e sentimentais.
Ou identifique a caridade como mera vontade de aparecer.
A maledicência sempre se acirra em torno de quem não se ocupa em defender-se dela.
E o homem operoso no bem raramente dispõe de tempo para digladiar-se com a maldade.
Interessado no bem que faz, não valoriza o mal que lhe fazem.
Dentro desse panorama, convém refletir sobre a vida que você leva.
Já começou sua subida rumo ao Alto ou ainda persiste na infância espiritual?
O amor ao trabalho, ao estudo, à honestidade e à pureza já brotaram em seu ser?
Ou ainda permanece apenas criticando o comportamento alheio?
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita.