Aconteceu em uma empresa. Nem muito grande, nem muito pequena.
O gerente chegou pela manhã e encontrou, esquecido frente à porta de entrada, um balde.
Não era um balde especial, não havia nele nenhuma marca. Um balde plástico, desses utilizados para limpeza.
Era evidente que uma das responsáveis pela limpeza, o esquecera ali.
Porque o balde dificultasse o acesso à entrada, o gerente o levou para dentro e colocou em um canto da sala de recepção.
Chamou uma das serventes e perguntou: este balde é seu?
A moça, desconfiada, olhou e disse com firmeza: não. É o que Maria utiliza na limpeza.
Obrigado, falou o gerente.
E chamou outra servente, fazendo a mesma pergunta. E outra.
A resposta de cada uma foi a mesma. Não era seu o balde.
E por não ser seu, o balde continuou no mesmo local onde fora colocado pelo gerente.
Finalmente, a quarta servente olhou o objeto, disse que não era seu, não fora ela que o esquecera ali.
Mas, resoluta, sem esperar qualquer ordem, pegou o balde e o foi colocar no seu devido lugar.
Um simples balde. Quanto tempo perdido!
Muitas vezes, agimos assim. Encontramos coisas fora do lugar, mas porque não nos pertencem, as deixamos ali.
Isso ocorre em casa, no ambiente de trabalho, na escola, na rua.
E seria tão simples e rápido colocar no lugar.
Desviar do objeto em vez de retirá-lo de onde se encontra indevidamente, ou procurar o "culpado", requer muito mais esforço.
Enquanto persistirmos nessa posição de não fui eu e portanto não tenho nada com isso, o mundo não se tornará melhor.
Imaginemos o dia em que todos nos importarmos com as pequenas coisas.
Não haverá mais roupas fora do lugar, em nossos lares. Cada um procurará guardar o que é seu. E se alguma coisa, por acaso, ficar esquecida, o primeiro que chegar a colocará em seu devido lugar.
A pia não ficará tão cheia de pratos, copos e panelas porque quem primeiro chegar, providenciará a lavagem e a devolução às prateleiras e armários.
Nosso ambiente de trabalho se tornará um lugar de mútua cooperação e todas as tarefas acontecerão de forma mais eficiente e rápida.
Ninguém buscará saber quem esqueceu determinado material sobre a mesa ou o balcão. Simplesmente o apanhará e devolverá no local devido.
Quem precisar, sempre saberá onde encontrar.
Os computadores serão desligados ao final do dia. As luzes apagadas nas salas que não estão sendo utilizadas.
Na rua, não haverá latas e papéis jogados. Tudo será colocado nas lixeiras.
Mas, na hipótese do vento trazer lixo de algum lugar, quem passar primeiro, o recolherá e porá na lixeira.
Todo motorista estacionará de forma correta seu veículo, ocupando o exato espaço que necessita. Dessa forma, haverá mais vagas disponíveis para quem precise estacionar.
Assim, serão evitadas filas duplas indevidas, carros dificultando passagem de pedestres.
As praças estarão sempre bonitas porque limpas.
Se alguém esquecer um copo, uma garrafa, um papel, sempre haverá outro alguém que se importa e providenciará a imediata retirada.
Esse mundo ideal que pensamos e desejamos não é o do futuro distante.
Ele pode começar amanhã, bastando apenas que cada um de nós inicie a campanha do eu me importo com isso. E aja.
Vamos todos começar hoje?
Equipe de Redação do Momento Espírita.