Heranças

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Uma questão que deixa muita gente intrigada é a semelhança psicológica que existe entre membros da mesma família.

As parecenças físicas estão bem explicadas pela genética. Mas, será que o espírito herda também, de seus pais, as características morais?

No diálogo de Jesus com Nicodemos, vamos encontrar a resposta clara para essas questões.

Jesus, respondendo ao doutor da lei diz: "O que nasceu da carne é carne, e o que nasceu do espírito é espírito.

Não te maravilhes de eu te dizer que é preciso nascer de novo. O espírito sopra onde quer, e tu ouves a sua voz, mas não sabes donde ele vem, nem para onde vai. Assim é todo aquele que é nascido do espírito."(*)

Fica bem clara a distinção que Jesus faz entre o corpo e o espírito. A carne procede da carne, mas o espírito não sabemos de onde vem.

Mas então, como pode um filho, por exemplo, parecer tanto, moralmente, com o pai?

Existem leis que regem a vida, das quais ainda não temos o entendimento completo. Uma delas é a lei de afinidade. As pessoas se unem ou se reúnem por afinidade de tendências, de gostos, de objetivos.

Assim é que, só vão a um estádio aqueles que gostam de futebol, e que, nos bares, só encontraremos os que gostam de beber umas e outras.

Isso se dá também com os povos. A lei de afinidade os reúne em determinada região, considerando a predominância de suas características.

Dessa forma é que podemos perceber claramente as tendências de alguns povos, para a violência, ou para a paz, por exemplo.

É por ser o espírito um ser individual e indivisível que todas as tentativas de se reproduzir um ser igual ao outro será frustrada.

Podemos reproduzir a matéria, mas o espírito que a animará, terá características próprias.

Não é outro o motivo pelo qual filhos de gênios nascem com uma inteligência limitada e pessoas de inteligência mediana podem ter filhos prodígios.

Assim sendo, se os geneticistas levassem em conta os ensinos do Sábio de Nazaré, teriam resposta para muitas das questões que não se explicam somente pelas leis da genética.

Se levassem em conta que cada corpo que nasce é animado por um espírito imortal, que trás consigo experiências milenares, resolveriam muitas dúvidas a respeito das enfermidades, da genialidade, da idiotia, da precocidade, e de tantas outras particularidades das criaturas.

Existem crianças que nos primeiros meses de vida, lêem, escrevem, fazem contas, decoram nomes de países e suas capitais etc., sem que tenham herdado essas capacidades de seus pais. E a recíproca é verdadeira.

Em suma, importa que saibamos que o corpo procede do corpo, mas o espírito não procede do espírito.

Importa, também, saber que, se o corpo gerado tiver vida, há um espírito a animá-lo, e que terá características espirituais próprias, independente das de seus pais.

O que pode ocorrer, é que o mesmo espírito que animou o corpo do avô, por exemplo, estando já desencarnado, volte a renascer e animar o corpo do neto.

Isso faria com que parecesse ter herdado as características do avô, mas seria o próprio que voltou.

Você sabia?

Que o espírito se liga ao corpo no momento da concepção?

E que as necessidades do espírito reencarnante é que, pela lei de afinidade, impulsionam o óvulo e o espermatozóide que contenham a carga genética propícia às suas experiências no corpo físico?

Assim, se tiver que desenvolver um câncer, por exemplo, o óvulo será penetrado pelo espermatozóide com as informações genéticas capazes de formar um corpo predisposto à enfermidade.

Isso não quer dizer que desenvolverá o câncer, mas terá um organismo propenso para tal.

(*)Jo. 3:8

Equipe de Redação do Momento Espírita