Alguma vez você já teve que corrigir ou mudar o rumo dos seus passos?
Se você respondeu que sim, você é como a grande maioria dos seres humanos.
Isso acontece, com frequência, porque ainda não temos habilidade suficiente para saber com precisão onde queremos chegar e que caminho seguir.
E isso acontece porque ainda somos aprendizes da vida.
Por causa dessa falta de lucidez, natural em nosso estágio evolutivo, é que às vezes nos perdemos em atalhos que retardam nossa marcha na direção dos altiplanos do infinito.
E não é raro que tenhamos que mudar a direção, buscar caminhos alternativos, apressar o passo, observar com mais atenção para não tropeçar nos obstáculos naturais da marcha para Deus.
Nós sabemos que é preciso caminhar, buscar, bater na porta que ela se abrirá, pois o suave Rabi da Galiléia nos orientou a respeito.
E se fazemos isso, por que nem sempre dá certo?
É que nem sempre buscamos da forma correta e batemos na porta certa.
Outras vezes nós chegamos ao término do caminho e deparamos com um resultado que não era justamente o que desejávamos, e a frustração nos toma de assalto.
Às vezes, para se atingir um objetivo é preciso descobrir novos caminhos, ousar, inovar, criar novas estratégias.
Talvez essa pequena história possa ilustrar melhor.
Conta-se que havia um cego sentado numa calçada, em Paris, com um boné a seus pés e um pedaço de madeira com o seguinte pedido, escrito com giz branco: Por favor, ajude-me, sou cego.
Um publicitário, da área de criação, passou por ali, parou e viu umas poucas moedas no boné.
Sem pedir licença, pegou o cartaz, virou-o, pegou o giz e escreveu outro anúncio.
Voltou a colocar o pedaço de madeira no mesmo lugar e foi embora.
À tarde o publicitário passou por ali e notou que o boné estava cheio de notas e moedas.
O pedinte reconheceu as pisadas e perguntou se havia sido ele quem tinha mudado o seu cartaz, sobretudo querendo saber o que havia escrito ali.
O publicitário respondeu: Nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas com outras palavras.
Sorriu e continuou seu caminho.
O mendigo não sabia, mas seu novo cartaz dizia: Hoje é primavera em Paris, e eu não posso vê-la.
* * *
Uma pequena mudança de estratégia e pode ficar mais fácil atingir um objetivo, alcançar uma meta, chegar a um resultado.
Por vezes nós perdemos muito tempo em tentativas vãs e não nos damos conta de que uma pequena mudança bastaria para facilitar a nossa vida.
Se você está sentindo que seus passos não estão lhe conduzindo numa direção segura, pare um instante.
Reflita sobre onde quer chegar e, se for necessário, corrija a bússola da sua existência e siga em frente.
* * *
Quando você bate numa porta por muito tempo e ela se recusa a abrir, talvez Deus queira que você busque outra saída.
Embora muitas situações nos pareçam fruto do acaso, não imaginemos que estamos à revelia das leis que regem o Universo do qual fazemos parte.
Pense nisso e procure ouvir a sugestão dos sábios publicitários do espaço, para que faça uma pequena mudança na estratégia.
E lembre-se: Se a porta na qual você está insistindo em bater não se abre, talvez seja o momento de buscar outra alternativa.
Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria ignorada. Disponível no CD Momento Espírita, v. 10, ed. Fep.