O progresso marcha sempre, às vezes lento, às vezes acelerado, mas ninguém o pode deter.
É um processo natural da vida, que evolui sem nunca parar.
O mesmo ocorre com a verdade. Não pode ser impedida de se mostrar.
Quanto mais lúcida a civilização, mais claro se apresenta o conhecimento da verdade.
Expande-se e, mesmo quando sombreada pelos cúmulos dos preconceitos e dos comportamentos arbitrários, rompe o aparente impedimento e brilha com esplendor.
A verdade é única, embora, na maioria das circunstâncias, sejam conhecidas apenas algumas das suas faces.
As palavras, não poucas vezes alteram-na, confundindo quem a busca, causando dificuldades e problemas em sua compreensão.
Dela se utilizam todos os indivíduos conforme a estrutura mental e o interesse moral de cada um.
Matam em seu nome.
Perseguem sob a sua bandeira.
Deturpam-na, valendo-se de interpretações tendenciosas e preconceituosas.
Todas as pessoas pretendem possuí-la e quando pensam serem capazes de detê-la, ou retê-la, eis que ela escapa e expande-se.
Buscam asfixiá-la em um lugar e ela ressurge em outro.
Imbatível, termina por impregnar as mentes e acolher-se nos corações.
A verdade é transparente como a luz do amanhecer; é vida que nutre e pão que alimenta.
Por isso é impossível o seu silêncio.
Os homens, desde as mais remotas épocas temem-na, e por essa razão não costumam aceitá-la desnuda.
Iludidos, preferem recebê-la quando adornada de fantasias, de fábulas, ou de símbolos.
Muitos ainda preferem ignorar a verdade, porque aceitá-la é verse na encruzilhada da decisão.
Não mais se pode ser como antes, é necessário superar-se, aprimorar-se.
Adiar a verdade significa prosseguir na ignorância, e continuar sofrendo.
Jesus afirmou que a verdade liberta.
Liberta porque rompe algemas e dignifica, impondo, por conseqüência, responsabilidade e dever.
Pedro e João conviveram com o Mestre Nazareno e dEle receberam o exemplo da verdade, expressa nas palavras e na conduta irrepreensível.
Embora Pedro, vítima de sua própria fragilidade tenha negado o Cristo, mais tarde, sustentado pela verdade, reergueu-se e tornou-se seu embaixador.
João, por sua vez, sempre viveu a verdade de forma plena.
Após a partida do mestre, João e Pedro, porta-vozes da Boa Nova, foram presos porque faziam o bem em Seu nome.
Era mais uma tentativa dos poderosos de intimidar e sufocar a verdade.
Mas para eles, Pedro e João, não mais importava perder o corpo.
Eles já tinham consciência de que com a verdade ganhavam a vida.
E assim, não obstante todas as perseguições e ameaças que sofreram a partir daquele momento, mantiveram-se firmes, fiéis à verdade e ao exemplo de Jesus.
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A verdade expressada pelo Cristo, por meio de sua mensagem e pelo Seu exemplo de amor incondicional, persiste incorruptível apesar do tempo.
A verdade não se altera com a direção dos ventos ou com os interesses humanos.
Ela resiste a tudo porque procede de Deus e a Ele conduz.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro Dias Venturosos, capítulo Silêncio Impossível, de Divaldo Pereira Franco, ditado pelo Espírito Amélia Rodrigues.