A cantora Celine Dion, a 14ª filha de uma família canadense, após o grande sucesso com "Titanic", tomou algumas decisões.
A mais importante: ser mãe. Casada desde 1994 com seu empresário, decidiu que era hora de ficar mais perto de casa. Há três anos seu marido recebeu um diagnóstico de câncer. Ele ainda está em recuperação e ela optou igualmente, por se dedicar a ele.
Foram dois anos de folga dos palcos, dos shows, da vida artística. Tornou-se mãe e, para não ficar distante do filho, optou por negociar um contrato que a mantivesse perto do lar.
De mudança para Las Vegas, onde está construindo uma casa, ela se permitirá sair somente para os shows noturnos.
Diz ela: "Meu filho é a prioridade. Todos os anos são importantes, mas os primeiros na vida da criança são fundamentais.
Não me importa que ele seja lixeiro, bombeiro, guitarrista, advogado, dentista, pai. Só quero que seja uma boa pessoa. Que seja generoso, responsável e tenha a mente aberta.
Às vezes, a pessoa não é ninguém na vida. Não tem dinheiro, nem sucesso, nem beleza, mas tem boas intenções e um bom coração. Deveríamos prestar mais atenção às pessoas assim."
De onde é que lhe vêm esses valores? Celine diz que tem certeza de que isso vem da sua criação numa família sem dinheiro. Embora seus pais só tivessem o bastante para colocar comida na mesa, a porta estava sempre aberta para quem batesse.
Os 14 filhos foram todos educados na base do amor. "Eles me deram segurança," diz a cantora. "O que quer que aconteça, quando temos essa base de amor, essa certeza de poder contar com pais e irmãos, sabemos que sempre existe alguém para nos apoiar.
Com uma família grande, sei que vou ter sempre muita gente por perto. Minha maior riqueza é a família, as pessoas que me cercam, o amor e o apoio que me dão."
"A voz" continua ela "é só algo mais." Se ela não tivesse voz para cantar e fazer sucesso, seria feliz sendo mãe ou trabalhando numa loja. Sua verdadeira felicidade, confessa, são suas raízes e seus valores.
E, falando a respeito da família, conclui: "Se Deus quiser, ficaremos juntos o maior tempo possível. Somos afortunados por viver cada dia.
Devemos agradecer e dar valor ao que temos. Quando a morte nos vier separar, acharemos força para enfrentá-la. Assim é a vida. Ela não nos foi dada, mas emprestada."
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Os mensageiros espirituais nos ensinam que os Espíritos dos pais exercem grande influência sobre os Espíritos dos seus filhos.
Eles têm por missão desenvolver os Espíritos de seus filhos pela educação, pois que têm que contribuir para o progresso deles.
Também nos ensinam que os primeiros anos da infância são de grande importância, pois se constituem na base para a nova vida que iniciam.
Por isso, a família é tão importante. Nada substituirá, no Mundo, o carinho, os cuidados e os valores que os pais transmitem aos seus filhos.
Valores que transcendem o tempo, o espaço, a vida terrena, pois adquiridos pelo Espírito, transmigram de uma para outra etapa reencarnatória, como herança pessoal inalienável.
Redação do Momento Espírita, com base no artigo Ela voltou, da revista Seleções de Readers Digest, de novembro/2002 e no item 208 de O livro dos espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.