Ser professor

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Se alguém lhe perguntasse qual é a mais nobre das profissões, o que você responderia?

Talvez a resposta correta seja: todas. Todas as que são exercidas com nobreza.

Todavia, há uma profissão da qual praticamente todas as demais dependem: é a de professor.

Esse profissional é o grande responsável pela formação intelectual dos seres que passam pelas salas de aula. E não são poucos.

O professor é quase um segundo pai, e a professora, uma segunda mãe, já que têm o poder de influenciar sobremaneira na formação dos caracteres de seus alunos.

Por isso, a profissão do educador é uma das mais nobres e também de grande responsabilidade.

Se todo professor tivesse consciência da gravidade da ação que exerce sobre seus educandos, certamente a nossa sociedade seria melhor.

Não queremos dizer que toda responsabilidade pese sobre o professor, mas grande parte dela, já que os pais são os maiores responsáveis pela conduta moral dos filhos.

No entanto, há professores e professores.

Há aqueles que não passam de comerciantes da educação. Dão suas aulas como quem se desincumbe de pesado fardo, pensando no valor que recebem no final do mês.

Há os indiferentes, que dão aulas de forma maquinal, não se esforçam nem para sair da mesmice, que os alunos já não suportam mais.

Há aqueles que são o exemplo vivo da deseducação. Sentam-se na mesa, gritam para serem ouvidos, esmurram a mesa ou o quadro para chamar a atenção dos educandos.

Há também os que pensam que crianças são adultos em miniatura. Não usam a criatividade nem para buscar o aperfeiçoamento pessoal e fazem apenas o que seus superiores lhes ditam.

Ser professor, no verdadeiro sentido da profissão, é ajudar a formar cidadãos de bem. É conhecer a intimidade do aluno e procurar extrair o que tem de melhor em sua intimidade, ajudando-o a reformular o que tenha que ser repensado.

Ser professor é estar sempre em busca do próprio aperfeiçoamento, para melhor servir.

É buscar sempre o que tem de melhor, para oferecer aos seus educandos.

É jamais se conformar com os desafios, por mais imponentes que sejam.

Ser professor é descobrir em cada aluno seu universo de potencialidades e ajudá-lo a desenvolvê-las.

Ser professor é muito mais do que passar teorias e conceitos. É edificar pelo próprio exemplo.

É romper com os modelos ultrapassados de incutir na cabeça do educando fórmulas prontas. É incentivar a criatividade, permitindo o surgimento de mentes mais preparadas para a construção de um mundo novo, onde não haja lugar para o preconceito, para a hipocrisia, nem para a subjugação dos mais fracos.

Ser professor, finalmente, é poder aplicar o amor na sua mais expressiva manifestação de sublimidade. É fazer brilhar no íntimo de cada aluno, a chama sagrada que o criador ali depositou.

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O nobre professor é abençoado maestro que consegue retirar dessa harpa viva que é o coração da criança, a mais sublime musicalidade.

Sabe dedilhar nas cordas mais sutis da alma juvenil, a canção do dever e da justiça.

Consegue despertar nas almas que lhe ouvem os sábios conselhos, a mais harmoniosa melodia da esperança, da fé e do amor sem limites.

Equipe de Redação do Momento Espírita