Livraria 18 de Abril

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Plenitude da vida

   

O ser querido, que a morte arrebatou, não se extinguiu, prosseguindo, em outra dimensão, conforme as suas conquistas morais e espirituais.

A morte, em realidade, é a porta que se abre e conduz à vida plena, onde vibram, indestrutíveis, os tesouros incomparáveis da eternidade.

Logo após a morte do corpo físico, não ocorre o enfrentamento com os demônios representativos do inferno mitológico, nem com os querubins em júbilo para a condução do espírito aos céus.

Tem lugar, sim, o encontro com a consciência que desperta para a análise do comportamento vivido em relação àquele que deveria ter sido vivenciado.

Nos primeiros dias após a desencarnação o espírito geralmente permanece adormecido, de modo que, ao despertar, defronta a realidade na qual prosseguirá a partir daquele momento.

Não existem, porém, duas mortes e reconquistas da consciência iguais. Cada ser é um cosmo pessoal, diferindo dos demais, vivenciando emoções e aspirações compatíveis com o seu nível de evolução.

Assim, cada qual acorda no além-túmulo conforme adormeceu sob o anestésico da morte.

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É natural que sofras a saudade daquele a quem amas e partiu da terra no rumo da imortalidade.

Não te desesperes, porém, pensando que não mais compartilharás da sua convivência, da sua afetividade, do relacionamento abençoado.

Ao invés de te permitires o arrastamento pelo desespero, acalma-te e envolve o ser querido em lembranças felizes, direcionando-lhe pensamentos edificantes e orações consoladoras.

Ele receberá as tuas vibrações de paz e de amor que o reconfortará, diminuindo-lhe também as angústias pela viagem realizada, as dores que talvez experimente.

Logo que lhe seja possível, volverá a visitar-te, envolvendo-te em ternura e gratidão.

Nunca penses na morte em termos de destruição e de aniquilamento.

Tudo, em a natureza, morre para ressurgir, para transformar-se. Por que o ser humano deveria desaparecer?

Se não o vês, isto não lhe significa a desintegração, considerando que a maioria de tudo aquilo em que crês é invisível aos olhos, mas captado por instrumentos especiais torna-se realidade palpável.

O mesmo ocorre com os chamados mortos, que podem ser vistos, ouvidos, sentidos e manifestos através do instrumento mediúnico.

Se não és dotado de faculdade ostensiva, és possuidor de sentimentos que te facultam a captação dos pensamentos e dos sentimentos dele.

Se desejas comunicar-te com o afeto que faleceu, faze silêncio interior e o perceberás, assim aliviando as dores da aflição de ambos com o medicamento da alegria e da esperança do reencontro.

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Após a morte dilaceradora e cruel sofrida por Jesus, veio a madrugada da imortalidade, quando Ele ressuscitou, iluminado e triunfante ao túmulo, confirmando as Suas palavras e promessas, desse modo iniciando a era nova da felicidade sem interrupção pela morte.

Nunca te olvides, pois, da ressurreição que sempre somente se dará, havendo antes a desencarnação.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em mensagem psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 31 de maio de 2004, em Zurique, Suíça, ditada pelo Espírito Joanna de Ângelis.