Livraria 18 de Abril

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Preço e valor

   

Vivemos em um país capitalista, onde impera a economia de mercado.

Conseqüentemente, o preço dos mais diversos tipos de bens varia conforme a lei de oferta e procura.

Se determinada mercadoria é rara, seu preço sobe.

Quando há abundância de oferta, o preço tende a cair.

Em decorrência do materialismo ainda vigorante no planeta, o desejo por bens materiais permanece muito forte no coração das criaturas.

No afã de conquistar coisas consideradas raras e custosas, os homens empenham boa parte de seu tempo.

No meio social, quanto maior a fortuna de alguém, mais ele será objeto de consideração e respeito.

Ocorre que, embora as coisas materiais sejam necessárias à vida, elas não constituem um fim em si mesmas.

Quem se preocupa em excesso com elas corre o risco de malbaratar seu tempo na Terra.

A existência terrena é essencialmente efêmera.

Ao morrer, ninguém levará consigo as propriedades que acumulou.

Assim, importa considerar que os bens são meios para a atuação do espírito sobre a matéria.

Eles são meros instrumentos, que devem ser bem utilizados para o progresso, tanto de quem os possui, quanto da sociedade.

Para agir com sabedoria no mundo, é preciso compreender a diferença entre preço e valor.

Preço refere-se a unidades monetárias exigidas por coisas ou serviços.

O preço depende da lei de oferta e de procura.

Já o valor é algo intrínseco, próprio à substância do que se afirma valioso.

Habitualmente se diz que as coisas postas à venda não possuem valor intrínseco.

A quantidade de dinheiro representativa de seu preço depende do interesse que suscitam.

Se ninguém deseja determinada mercadoria, por menos que se peça por ela, simplesmente não será vendida.

Fixada essa premissa, pode-se afirmar que há bens muito valiosos, mas sem preço.

A consciência tranqüila possui valor inestimável, mas não pode ter sua importância quantificada em dinheiro, na lei de oferta e procura.

As coisas em geral têm preços fixados, que dizem de sua relevância no mercado.

Entretanto, os seres humanos não têm sua importância estabelecida em padrões monetários.

Um homem não tem preço.

O valor de uma pessoa é conferido por sua dignidade, por suas virtudes.

Desse modo, cuide para não comprometer seu valor pessoal no anseio por coisas caras.

De nada lhe adiantará acumular extensas riquezas, à custa de atitudes indignas.

Ao final de sua vida, os bens materiais ficarão para trás.

Mas você terá de conviver para sempre com sua consciência.

Recorde que os bens materiais são instrumentos de que você dispõe para atuar no mundo.

Dê-lhes a importância devida, utilizando-os para espalhar a felicidade e o progresso em seu derredor.

Desfrute-os, sem egoísmo, repartindo-os com seus semelhantes.

Mas, na busca do transitório, não esqueça o que é permanente.

Viva cada dia procurando acrescentar valor a sua vida, mediante atitudes generosas e nobres.

Ao término de sua existência, a paz que você tiver conquistado não terá preço, mas certamente será muito valiosa.

Equipe de Redação do Momento Espírita.