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Uma outra demissão

   

Você já pensou em ser demitido? É possível que sim. Têm sido comuns as demissões, seja porque empresas são adquiridas por outras, seja porque as razões econômicas ordenam "enxugar" o quadro de pessoal.

Diante de tal expectativa, com certeza, você tem se esmerado na função que exerce, pois é preciso ser ágil, empreendedor, criativo, a fim de não perder o emprego que lhe garante o sustento digno.

Este seu empenho é muito positivo e tem lhe conquistado, possivelmente, não só a manutenção do emprego, mas crescimento na empresa.

Entretanto, você sabia que não é só na empresa que você pode receber demissão?

Pense um pouco. Você pode ser demitido em seu lar, da qualidade de esposo ou esposa.

Você tem mantido cooperação e entendimento na solução das dificuldades domésticas?

Respeita as amizades do seu cônjuge? Tem exercitado a cortesia?

Se realizasse um balanço agora, quantos atos de gentileza seriam colocados na coluna dos muito obrigado, com licença, por favor, desculpe?

Como anda a questão afetiva? Vamos lá para a coluna dos abraços, dos carinhos, dos telefonemas inesperados, dos "eu te amo".

Se o balanço for ruim, veja bem, você pode ser demitido a qualquer momento, porque não participa, não contribui, não engrandece a relação conjugal.

E a demissão de esposo ou esposa não se caracteriza necessariamente por um rompimento dos laços do consórcio matrimonial. Pode se dar simplesmente pela ausência total de diálogo, pelas tomadas de decisões sem consultar a opinião, um do outro.

Mas você pode também ser demitido como pai ou como mãe.

Como tem tratado os seus filhos? Como tem sido a sua participação na vida deles?

Observe que os filhos precisam de educação e amor, de disciplina e atenção, de bons exemplos e de sua presença, muito mais do que castigos, broncas e caprichos satisfeitos.

Seu filho pode estar lhe dizendo, todos os dias: "pai, mãe, precisamos ser amigos. Preciso de vocês, agora, não amanhã, nem depois, agora."

É sua chance. Aproveite, antes que você seja demitido de seu papel de pai ou de mãe.

E a demissão dos pais começa quando os filhos nada mais exigem. Não consultam, não reclamam, passam a agir por si mesmos ou se permitem ser adotados pelos pais dos seus amigos.

***

O matrimônio é uma escola. Não perca tempo com futilidades. Exercite o amor.

Fuja do relaxamento e do desperdício. Utilize o tempo, demonstrando o seu amor.

Cultive o carinho dos seus filhos.

Participe das suas vidas e jamais sacrifique a harmonia e a segurança do lar com a desculpa das exigências sociais ou de qualquer outro setor.

Não se permita a demissão de sua condição de esposo, esposa, pai ou mãe.

Redação do Momento Espírita - Fonte: A revolução dos campeões - Roberto Shiniyashiki, ed. Infinito, SP, cap. 2, e Sol nas almas, de Waldo Vieira/André Luiz, ed. CEC, Uberaba, cap. 9.