Livraria 18 de Abril

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Trem da vida

   

Você já viajou de trem alguma vez?

Numa viagem de trem podemos notar uma grande diversidade de situações, ao longo do percurso.

E a nossa existência terrena, bem pode ser comparada a uma dessas viagens, mais ou menos longa.

Primeiro, porque é cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em algumas partidas.

Quando nascemos, entramos no trem e nos deparamos com algumas pessoas que desejamos que estejam sempre conosco: são nossos pais.

Infelizmente, isso não é verdade; em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituíveis...

Mas isso não impede que durante a viagem outras pessoas especiais embarquem para seguir viagem conosco: são nossos irmãos, amigos, amores.

Algumas pessoas fazem dessa viagem um passeio. Outras encontrarão somente tristezas, e algumas circularão pelo trem, prontas a ajudar a quem precise.

Muitas descem e deixam saudades eternas... Outras passam de uma forma que, quando desocupam seu acento, ninguém percebe.

Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são caros, se acomodam em vagões distantes do nosso, o que não impede, é claro, que durante o percurso nos aproximemos deles e os abracemos, embora jamais possamos seguir juntos, porque haverá alguém ao seu lado ocupando aquele lugar.

Mas isso não importa, pois a viagem é cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas...

O importante, mesmo, é que façamos nossa viagem da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com os demais passageiros, vendo em cada um deles o que têm de melhor.

Devemos lembrar sempre que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisemos entendê-los, porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, certamente, haverá alguém que nos entenda e atenda.

A grande diferença, afinal, é que no trem da vida, jamais saberemos em qual parada teremos que descer, muito menos em que estação descerão nossos amores, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.

É possível que quando tivermos que desembarcar, a saudade venha nos fazer companhia...

Porque não é fácil nos separar dos amigos, nem deixar que os filhos sigam viagem sozinhos. Com certeza será muito triste.

No entanto, em algum lugar há uma estação principal para onde todos seguimos...

E quando chegar a hora do reencontro teremos grande emoção em poder abraçar nossos amores e matar a saudade que nos fez companhia por longo tempo...

Que a nossa breve viagem seja uma grande oportunidade de aprender e ensinar, entender e atender aqueles que viajam ao nosso lado, porque não foi o acaso que os colocou ali.

Que aprendamos a amar e a servir, compreender e perdoar, pois não sabemos quanto tempo ainda nos resta até à estação onde teremos que deixar o trem.

Pense nisso!

Se a sua viagem não está acontecendo exatamente como você esperava, dê a ela uma nova direção.

Se é verdade que você não pode mudar de vagão, é possível mudar a situação do seu vagão.

Observe a paisagem maravilhosa com que Deus enfeitou todo o trajeto...

Busque uma maneira de dar utilidade às horas. Preocupe-se com aqueles que seguem viajem ao seu lado...

Deixe de lado as queixas e faça algo para que a sua estrada fique marcada com rastros de luz...

Pense nisso... E, boa viagem!

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em texto de autoria de Silvana Duboc, disponível no site: Http://Www.Silvanaduboc.Us/